O dia 25 de julho é uma importante data no calendário feminista por marcar o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha. A data teve origem durante o 1º Encontro de Mulheres Afro-Latino-Americanas e Afro-Caribenhas realizado em Santo Domingo, na República Dominicana, em 1992. Ao longo dos anos, a data vem se consolidando no calendário de luta do movimento negro e tem resgatado a luta e a resistência das mulheres negras, bem como cumprido o papel de denunciar as consequências da dupla opressão que sofrem, com o racismo e o machismo. No Brasil, o dia também é em homenagem à Tereza de Benguela, por lei (nº 12.987/2014) sancionada pela presidenta Dilma Rousseff. Tereza de Benguela, foi uma líder quilombola no Valé do Guaporé, Mato Grosso, que viveu durante o século 18. Lá ela liderou o Quilombo de Quariterê, após seu companheiro José Piolho ser morto por soldados. Ficou conhecida como Rainha Tereza e o Quilombo comandado por ela resistiu da década de 1730 ao final do século XVIII.
Essa data é importante porque chama a reflexão para visibilizar a condição da mulher negra na sociedade como um todo, levando em conta indicadores sociais, econômicos, políticos.
A população negra corresponde a 53% dos brasileiros (cerca de 97 milhões) e, mesmo sendo maioria, ainda luta para eliminar desigualdades e discriminações. E quando se trata de gênero, o abismo é ainda maior. As mulheres negras estão sub-representadas no Legislativo, Executivo, Judiciário, na mídia e em outros espaços de poder.
Por essa falta de representatividade, pelo genocídio da população negra e racismo/machismo sobre a mulher negra, vamos marchar!
Dia 29 de julho, neste domingo, acontecerá a IV Marcha das Muheres Negras na praia de Copacabana, das 10h às 15h. Vamos todas!
Fontes: Geledes; Andes; Blogueiras Negras.
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