Diga NÃO a privatização da vacina

Compartilhe esta página:
Twitter
Visit Us
Follow Me

As mulheres trabalhadoras representam 53% da população economicamente ativa no Brasil, assim como, chefiam e sustentam também metade dos lares brasileiros. Apesar disso, quando o assunto é ocupação formal de trabalho, as mulheres estão em menor número. Em outubro de 2020, havia 7,1 milhões de mulheres em busca de trabalho no Brasil e 4,4 milhões delas eram negras.

Ontem (7), a Câmara dos Deputados aprovou o texto-base da proposta que permite a iniciativa privada comprar vacinas contra a covid-19 para a imunização de seus funcionários. O PL 948/21.

👉🏾 Por que isso afeta negativamente as mulheres trabalhadoras?

Em sua maioria, as mulheres trabalhadoras estão em ocupações informais, sobretudo as que são periféricas e negras, com a pandemia, foram ainda mais afetadas pela precarização das condições de vida.

Privatizar o acesso às vacinas, é privatizar o direito à saúde, é furar fila. Acreditamos na força do SUS, justamente por ser um direito democrático conquistado pelas mulheres trabalhadoras negras, indígenas e periféricas. Não aceitamos um projeto de lei que reforça a lógica mercadológica da vacinação e contribui para o aumento das desigualdades sociais!

As mulheres são maioria entre as pessoas desempregadas e fora do mercado de trabalho ativo. De acordo com o portal Gênero e Número, “a convergência entre as crises econômica, sanitária e do cuidado agravou as desigualdades de gênero e raça, que já eram profundas, e empurrou mulheres para fora do mercado de trabalho”.

Empregadas e remuneradas ou não, todas as mulheres são trabalhadoras e continuam trabalhando. Vacina para todas é um direito das mulheres e um dever do Estado!

Metade da população brasileira é formada por mulheres. Metade dos lares brasileiros são sustentados por mulheres. No mercado de trabalho ou não, a dupla jornada é uma realidade, pois as mulheres são historicamente responsáveis pelo cuidado.

A pergunta é : Por que um projeto de lei favorece uma maioria de homens, em sua maioria brancos, e ignora a precarização da vida das mulheres, sobretudo negras, periféricas e indígenas?

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

ÚLTIMAS POSTAGENS

CATEGORIAS

Tags

Page Reader Press Enter to Read Page Content Out Loud Press Enter to Pause or Restart Reading Page Content Out Loud Press Enter to Stop Reading Page Content Out Loud Screen Reader Support