“… desde o momento em que eu sentei na cadeira pra trabalhar, o racismo estava atuante ali. Mas eu abstraí…. porque preciso trabalhar, mas, a partir do momento em que me colocaram no chão e eu fui algemada, a ficha caiu totalmente. Era racismo”, disse Dra Valéria dos Santos, mulher negra e advogada.
Ela foi presa durante uma audiência nesta terça (13/09), no Juízado Especial de Duque de Caxias, localizado na Baixada Fluminense do Rio de Janeiro, apenas por exercer sua profissão, na presença de autoridades do Judiciário, Policiais e civis.
Ela foi algemada e presa por ordem da juíza ao se recusar a deixar a sala de audiência.
Além do constrangimento e o censura da liberdade de fala e cidadania de uma mulher negra, o uso abusivo de poder para algemar a advogada fere sua dignidade e reafirma o racismo institucionalizado em nossa sociedade. No caso de uma mulher negra, a dinâmica do sexismo se mistura com o racismo e desenvolve, dentro de um universo de atitudes e valores, formas coercitivas de as silenciar e invisibilizar.
A CAMTRA manifesta total repúdio ao tratamento desrespeitoso, discriminatório e preconceituoso sofrido pela Senhora Advogada, Dra Valéria Santos e exige que todas as pessoas envolvidas sejam responsabilizadas pelo ato de violência.
Veja a entrevista completa: https://bit.ly/2NINHZH
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