Você já se perguntou o que é ser mulher e o que é ser homem?
Simone de Beauvoir escreveu no clássico feminista O Segundo Sexo: “Ninguém nasce mulher, torna-se mulher”
Lélia Gonzalez, em 1988, disse “Você não nasce negro, você torna-se negro”.
“Eu aprendi que opressão e intolerância da diferença vem em todas formas e tamanhos e cores e sexualidades(…)” – Audre Lorde, ativista, feminista.
Essas são algumas de nossas referências, mulheres de diferentes partes do mundo, feministas que determinaram sobre como nos construímos, desconstruindo o sexismo, o racismo e todas as formas de opressão que estão naturalizadas na sociedade em que vivemos.
Mas e você? Já se perguntou como as relações de dominação e opressão são construídas?
Na Camtra, nas formações de jovem para jovem, mulher para mulher, educadoras para educadoras, percebemos como desde a infância a discriminação baseada em estereótipos reforçando as diferenças entre meninas e meninos (sexismo), contribui para o machismo e para a desvalorização das mulheres; como as diferenciações entre negras, indígenas e brancas contribui para a crença de que uma etnia seja superior a outra (racismo).
“A escola tem que acreditar que pode ser parceira da família. Você não vence o preconceito de uma hora pra outra”- Eleutéria Amora.
Com o intuito de criar uma ferramenta que desconstrua o Patriarcado – Manifestação e institucionalização do domínio dos homens sobre as mulheres e crianças; a ampliação deste domínio masculino para toda a sociedade – lançamos a cartilha “Por Uma Educação Não Sexista” resultado do Curso “Por uma Educação Não Sexista” com normalistas de dois Institutos de Educação. Realizamos formações com professoras da Rede de Educação do Município do Rio de Janeiro.
Uma Educação Não Sexista e Sem Discriminação compreende que:
- meninas e meninos devem participar das mesmas brincadeiras, brincar de boneca e de carrinho independente do sexo, usar todas as cores;
- demonstra os feitos heróicos e históricos das mulheres, de negras(os) e indígenas(os) ao longo do ano e não apenas nas datas comemorativas;
- ensina o respeito, valorizando as diversidades;
- repreende e debate as violências verbais, psicológicas e físicas.
Ensina as crianças a cuidar e valorizar seu próprio corpo.
Dessa forma acreditamos que é possível mudar a sociedade em que vivemos, onde as mulheres possam ser, amar e viver como quiserem. Donas de seus corpos, de sua história e de suas vidas.
Quer saber mais sobre uma Educação Não Sexista e Sem Discriminação?
Ao longo desta semana, de 21 a 25 de junho, todos os dias lançaremos um capítulo da série “Por uma Educação não Sexista e Sem Discriminação”.
Leia mais: Por uma educação não sexista