Margareth Teixeira, de 17 anos, Gabriel Pereira Alves, de 18 anos, Lucas Monteiros dos Santos Costa e Tiago Freiras, ambos com 21 anos, Dyogo Costa Xavier de Brito, com 16 anos e Henrico de Jesus Viegas de Menezes Junior, com 17 anos, foram assassinados/as em um espaço de tempo de 5 dias (09/08/2019 a 14/08/2019) em favelas e bairros pobres do Rio de Janeiro. A maioria das vítimas foi atingida durante operações policiais próximas de suas casas.

A última vítima foi Margareth Teixeira, de 17 anos, baleada em Bangu, Zona Oeste do Rio, na quarta-feira, com o filho de um ano e nove meses no colo, durante uma operação da PM. O bebê também foi ferido no pé mas atualmente passa bem. Um filho que crescerá sem sua mãe. Também são mães que não terão mais seus/suas filhas/os. Estes/as jovens perderam suas vidas em casa, nas proximidades ou até mesmo no caminho de suas escolas. Elas/es e suas famílias são as vítimas mais recentes de uma política de segurança pública que não zela pela vida de moradoras/es de favelas e periferias. Vidas jovens perdidas, famílias despedaçadas e sem amparo do poder público. Além das mortes, a face mais visível desta política, milhares de pessoas tem adquirido doenças e transtornos em decorrência dos constantes ataques a seus locais de moradia. Crianças que perdem sua infância e já sabem que não estão protegidas nem em suas casas, onde o helicóptero sobrevoa atirando. Mães apavoradas porque sabem que seus/suas filhas/os não estão seguras/os nem em casa, nem na escola.

Repudiamos as afirmações da Secretaria de Segurança Pública de que esses são efeitos colaterais e suas práticas não serão revistas.

Nos somamos ao coro e a dor dessas famílias e comunidades na denúncia do racismo institucional destas praticas que criminalizam a pobreza e as/os moradores destas áreas.

Vidas negras importam! Vidas faveladas importam!

Juntem-se a luta, amanhã, dia 17 de agosto, vai ter Ocupação e Ato, acesso o evento e confira: https://www.facebook.com/events/372684096737244/