Auxílio Emergencial para as Trabalhadoras Já!

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Mais de um mês após a aprovação do Auxílio Emergencial, a Camtra novamente denuncia a violação sistemática dos direitos das trabalhadoras/es. Os atrasos e a demora do governo federal em pagar o benefício compromete a Saúde e a vida de milhões de famílias que estão contando com esse dinheiro para sobreviver!

Devido ao avanço do Covid-19, as desigualdades sociais, raciais e de gênero estão cada dia mais visíveis. As/os trabalhadoras/es do comércio e informais (camelôs, domésticas, diaristas…) que em sua grande maioria são negras e mães que criam suas/seus filhas/os sozinhas, sofrem para conseguir manter as condições básicas de subsistência.

Frente a necessidade de isolamento social para garantir a saúde e conter o avanço do corona vírus, essas mulheres estão dependendo do Auxílio Emergencial. A medida, sancionada há mais de um mês, trouxe à tona toda a burocracia do governo, que impede trabalhadoras/es de acessarem a renda por falta da documentação exigida– muitas(os) tem o CPF inválido, não possuem RG e menos ainda conta corrente.

Além disso, o aplicativo da Caixa apresenta problemas e não funciona em celulares mais antigos. Quando finalmente consegue-se o acesso é necessário manter-se horas online, em uma fila de espera virtual. Após gerar o saque digital, só é possível sacar em caixa eletrônico da Caixa ou lotéricas o que antes havia sido dito que seria possível em terminais 24 horas.

Enfrentar a fome e as contas, a formação de filas e aglomerações para acessar o auxílio tornou-se condição necessária, expondo assim as/os mais pobres à contaminação. São mais de 17 milhões de brasileiras/os que ainda não receberam a primeira parcela (12,4 milhões terão que refazer o pedido e mais de 5 milhões ainda em análise, dados da Caixa, sexta, 01/05).

Ainda não há prazo definido para o pagamento da segunda parcela, que havia sido prometida ainda para abril. Com tudo isso, a pandemia nos mostra a realidade que a Camtra e os movimentos feministas historicamente apontam: É necessário desacelerar a economia para o lucro do capital e garantir condições humanas de vida à todas/os. Auxílio deve ser emergência para as/os trabalhadoras/es e não para movimentar a economia.