Mãe Beata de Iemanjá – Março de Lutas pelas Mulheres

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“Tento sempre juntar as duas forças: ser mulher e ser negra. Adoro ser como sou” com esta força que Mãe Beata ficou conhecida no mundo todo por ser liderança e defensora do Camdomblé e dos Direitos Humanos.

Negra e nordestina com orgulho, nasceu Beatriz Moreira Costa, em 1931, no Recôncavo Baiano. Desde a infância era chamada carinhosamente de “Beata”, chegou ao Rio de Janeiro em 1969, em busca de condições melhores de vida, para ela e suas duas filhas e dois filhos: Ivete, Maria das Dores, Adailton e Aderbal.

Em 1985, Mãe Beata de Iemanjá, fundou o terreiro Ilê Omijuarô, no bairro Miguel Couto, em Nova Iguaçu, onde morava.
Foi empregada doméstica, manicure, costureira, pintora, artesã, mas foi principalmente uma grande ativista na luta pela liberdade religiosa, escritora, e também presidente de honra de Criola, organização de mulheres negras que atua contra o racismo, o sexismo e a violência contra as mulheres.

Mãe de muitos filhos e filhas, e filha de muitas águas, nasceu em Cachoeira de Paraguaçu. Filha de Iemanjá, das águas salgadas, a mãe dos Orixás, sua sabedoria e ancestralidade é o que ela deixa para todas nós com a sua trajetória.

“Sou de uma religião em que o tempo é a ancestralidade. A fruta só dá no seu tempo. A folha só cai na hora certa. Nós do candomblé não morremos. Somos continuidade de outra vida mais plena, com mais sabor, mais serenidade. O candomblé é a luz dos meus olhos!”

FONTE: CRIOLA – AFREAKA

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