Em abril de 1964, era instaurada, no Brasil, a Ditadura Militar que violentou fisicamente, psicologicamente e sexualmente os corpos muitas mulheres. Hoje, após 56 anos, a violência institucional se atualiza. Como um grito de BASTA às torturas a live da CAMTRA, tem como tema “Mulheres Trabalhadoras na Resistência: Tortura Nunca Mais”, para pensarmos juntas outros futuros possíveis.
Para refletir sobre a luta de resistência das mulheres, convidamos duas companheiras que têm suas trajetórias costuradas à da luta pela democracia e sua manutenção no Brasil.
Maria Claudia Badan Ribeiro é historiadora, escritora e socióloga. Autora do livro Mulheres na luta armada: protagonismo feminino na Ação Libertadora Nacional (ALN), é uma importante pesquisadora sobre a resistência feminina na Ditadura Militar. Em sua dissertação de mestrado, pesquisou sobre “Memória, História e Sociedade: A Contribuição da Narrativa de Carlos Eugênio Paz”, seu companheiro, que foi um ex-guerrilheiro que participou da luta armada contra a Ditadura, na ALN.
Victoria Lavinia Grabois Olímpio é diretora do grupo Tortura Nunca Mais e uma das milhares de mulheres que viveram os horrores da Ditadura. Filha de Mauricio Grabois, comandante da Guerrilha do Araguaia, e da advogada Alzira da Costa Reis integrou o movimento estudantil, é militante da luta pela Anistia e fundadora e diretora cultural da Associação Liberdade Mulher (ALM). Além do pai, ela perdeu o irmão e seu primeiro marido na Guerrilha do Araguaia.
O encontro, mediado por Eleutéria Amora que é Coordenadora Geral da CAMTRA, Diretora Executiva da ABONG, professora de história e especialista em Políticas Públicas, acontece às 16h, no Facebook e YouTube da CAMTRA.
Vamos unir as nossas vozes para que não se esqueçam que NUNCA FOI REVOLUÇÃO, SEMPRE FOI GOLPE! As mortes das mulheres não devem ser celebradas!