Hoje, 27 de abril, é o Dia Nacional das Trabalhadoras Domésticas.
A data marca a luta incessante da categoria por direitos, respeito e reconhecimento! Luta essa que se fez ainda mais presente com a Covid-19, onde os direitos assegurados pela PEC das Domésticas (PEC 66/2012) e pela Lei Complementar 150/2015, foram ainda mais ignorados.
Segundo dados do IBGE de 2019, apenas 28,4% das trabalhadoras e trabalhadores domésticas(os) possuem carteira de trabalho assinada. O que representa 1,77 milhão, das mais de 6,24 milhões de profissionais que atuam na área.
Em sua maioria negra, as mulheres trabalhadoras domésticas enfrentam a desvalorização de suas vidas por parte do governo, com a redução do Auxílio Emergencial, e por parte de seus chefes que não as liberam de seus serviços para que possam cumprir o isolamento social.
Um retrato do descaso é o fato de que a primeira vítima fatal da covid-19, no Brasil, foi uma trabalhadora doméstica. Cleonice Gonçalves, de 63 anos, foi infectada pelos patrões que haviam chegado da Itália.
Cleonice era uma mulher negra e periférica. Enfrentava mais de 120 quilômetros, de sua casa, em Miguel Pereira, até seu local de trabalho, no Leblon, Zona Sul do Rio de Janeiro.
E é por Cleonice e por tantas outras mulheres trabalhadoras domésticas que se foram pelo total desrespeito a suas vidas que gritamos Vacina Para Todas Já! e Auxílio Emergencial de R$ 600 até o fim da pandemia.
Por Mim, Por Nós e Por Todas!
Pela Vida de Todas as Mulheres Trabalhadoras Domésticas!
Fonte: Fenatrad