Impacto da Pandemia na Vida das Mulheres Trabalhadoras: Transporte Público

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Mulheres trabalhadoras,

Na revista “Trabalho, tempo e vida das Mulheres”, organizada pela CAMTRA em 2009, era vigente a falta de atenção com as mulheres trabalhadoras, na questão do transporte público.

Um retrato de 12 anos atrás que é tão atual. Uma média tirada na pesquisa, revela que é gasto pelas 127 mulheres trabalhadoras do SAARA entrevistadas cerca de 2 a 4 horas do seu dia no transporte público.

Estamos vivendo um dos momentos mais difíceis da pandemia, com uma média semanal de 2.367 óbitos. Não aglomerar é uma maneiras de conter a disseminação do vírus. Mas, como fazer isso se temos que pegar transporte público, em sua maioria lotado, para chegar ao trabalho?

Mulheres Negras são as que Mais utilizam o Transporte Público

O retrato do descaso com nossas vidas é acompanhado nas superlotações e acidentes no BRT, principal sistema de transporte público entre as Zonas Oeste e Sul do Rio de Janeiro.

Após o acidente do dia 10 de março de 2021, onde 35 pessoas ficaram feridas e uma morreu, a prefeitura interveio e prometeu aumentar a frota de 120 ônibus para 240. Promessa que ainda não aconteceu.

⚠ São as mulheres negras as que mais estão expostas aos riscos na utilização do transporte público. Riscos que passam pela exposição direta a Covid-19, assédio, violências físicas, morais e também a violência que atinge o bolso, com os aumentos constantes no valor da passagem.

Em pesquisa realizada pela Think Olga e ASK-AR, em 2020, 97% das mulheres entrevistadas relataram que já sofreram algum tipo de assédio no transporte público. Além disso, 77,8% se sentem inseguras quando estão esperando o transporte no ponto de ônibus.

Falar sobre transporte público e mobilidade urbana é falar também sobre divergências de gênero, classe e raça.

✊ Por um transporte público mais pautado nas causas e vida das mulheres trabalhadoras!

Fontes: Revista “Trabalho, tempo e vida das Mulheres” | Mundo Negro | Radar Favela Covid-19