MOVIMENTO MOLEQUE NA RESISTÊNCIA CONTRA A VIOLÊNCIA DO ESTADO

  • Categoria do post:Notícias

⚠️A violência do Estado mata e fere de diversas formas. A morte de jovens também causa ferimentos profundos nas mães. Mas essas mães transformam todo o sofrimento em luta pela justiça e pelo fim dos assassinatos em seus territórios.

➡️Mônica Cunha é uma dessas mães que teve seu filho Rafael da Silva Cunha assassinado pelo Estado. Ela entrou para a resistência contra a violência estatal na época em que Rafael ainda tinha 15 anos e estava no sistema DEGASE (Departamento Geral de Ações Socioeducativas).

Tendo seu filho na condição de autor de ato infracional, Mônica teve contato com a realidade desses centros do DEGASE e se indignou com a situação na qual seu filho era submetido. Ela se tornou aprofundou nos estudos do Estatuto da Criança e do Adolescente, o ECA, e aprendeu os direitos que Rafael e os outros autores de atos infracionais tinham.

➡️Ela mobilizou outras mães a conhecer os direitos e criou o Movimento Moleque para disseminar o conhecimento e fortalecer as mães que têm seus filhos dentro do sistema DEGASE.

⚠️Rafael saiu do DEGASE, mas não pode viver sua vida plenamente, já que com 20 anos foi executado por policiais civis no bairro Riachuelo.

➡️O Movimento Moleque foi acolhido pela Rede de Comunidades e Movimentos Contra a Violência, na qual Monica trabalha. A Rede surgiu a partir da Chacina no Morro do Borel que aconteceu há 17 anos e vitimizou 5 jovens.

As mães e familiares das vitimas se uniram e criaram a Rede que, na época, foi chamado de Posso Me Identificar. Hoje, a organização atende vítimas e mães e familiares de vítimas da violência do Estado por todo o estado do Rio de Janeiro.

➡️Mônica é um exemplo das diversas redes de apoio que mulheres criaram após sofrerem com a violência do Estado. As mulheres estão sempre em movimento em busca de fortalecimento e justiça.

CHEGA DE VIOLÊNCIA DO ESTADO!✊🏽

Por Mim, Por Nós, Por Todas!💪🏽

Fonte: https://rioonwatch.org.br/?p=18634