Hoje, dia 27 de abril, é o Dia Nacional das Trabalhadoras Domésticas. Esta data marca a luta histórica da categoria por direitos, respeito e reconhecimento!
Sabemos que o peso histórico do machismo, que delega às mulheres as tarefas da casa e do lar; somado ao do racismo junto à herança escravocrata do Brasil, faz com que essas trabalhadoras, em sua maioria mulheres negras, enfrentem constantes violações e abusos em seus ambientes de trabalho. A epidemia de COVID-19 deixou ainda mais evidente essa situação.
De um lado domésticas, que mesmo com as medidas de isolamento social não são liberadas de seu trabalho. Muitas vezes então sendo pressionadas a conviver com as empregadoras/es em quarentena e até mesmo contaminadas pelo vírus. Como aconteceu com a trabalhadora Cleonice Gonçalves, de 63 anos. Uma das primeiras vítimas fatais do coronavírus no Brasil. Ela contraiu o Covid-19 da patroa recém-chegada da Itália. Não resistiu à infecção e faleceu no dia 17 de março em Miguel Pereira(RJ).
Por outro lado, domésticas e diaristas, demitidas e/ou dispensadas sem direitos ou seguridades de renda, pois mesmo com a PEC das Domésticas, 70% dessas trabalhadoras ainda vivem na informalidade, conforme apontou o IBGE em 201870% dessas trabalhadoras ainda vivem na informalidade, conforme apontou o IBGE em 2018*. É importante ressaltar as mobilizações e reivindicações da categoria nesse cenário, acesse o guia para trabalhadoras remuneradas durante a COVID-19 produzida pela Federação Nacional de Empregadas Domésticas e pela THEMIS: http://themis.org.br/themis-e-fenatrad-publicam-guia-orientador-para-trabalhadoras-domesticas-remuneradas-durante-crise-do-coronavirus/guia/
Diante desse cenário, neste ano mais do que nunca, a CAMTRA parabeniza essas profissionais pela incansável luta por reconhecimento e reafirma a defesa dos direitos das/os trabalhadoras/es e de suas reivindicações. Ao longo de nossa trajetória investimos no fortalecimento desta categoria e apoio mútuo, seja através do encaminhamento de denúncias e atendimentos, seja nas ações de formação e articulação que realizamos em conjunto com o Sindicato das Trabalhadoras Domésticas do Rio de Janeiro e de Nova Iguaçu, pelos quais nutrimos profundo respeito e admiração!
A Saúde, a segurança e a qualidade de vida das domésticas importam! Direito não é favor! Empregadas domésticas merecem respeito e reconhecimento!
Fonte IBGE, verificado em: https://www.poder360.com.br/economia/seis-anos-apos-pec-das-domesticas-70-dos-empregados-estao-na-informalidade/