Mulheres trabalhadoras,
Estamos acompanhando o maior colapso sanitário da história do país durante esse um ano de pandemia. A cada dia que passa, vemos mais vidas sendo tratadas como apenas um número.
Nós, mulheres trabalhadoras, seguimos sobrevivendo aos impactos diretos e indiretos do vírus. Somos as chefas de família que ficaram desempregadas e enfrentam a pandemia de frente para levar o alimento para casa. Somos também as mães, as avós, as filhas que choram por aquelas(es) que se foram.
Hoje já são 312 mil vidas perdidas no Brasil.
Para termos a dimensão do que representa essa quantidade, é como se toda a população de Magé (246.433), na Baixada Fluminense do estado do Rio de Janeiro, deixasse de existir. Esse número de vidas perdidas ultrapassa também a soma de habitantes das cidades como Mossoró (300.618), no Rio Grande do Norte; e de Palmas (306.296), capital do Tocantins.
Imagine se toda a população de uma dessas cidades simplesmente desaparecesse! Quantas vidas seriam afetadas? É isso que a pandemia e, principalmente, o despreparo e o negacionismo em lidar com ela, fizeram em um ano, desde março de 2020.
Quanto tempo mais será preciso para que nossas vidas sejam tratadas com respeito? Quanto tempo mais será necessário para que a humanidade seja sobreposta ao capital? Quantas outras vidas serão dizimadas pela falta de empatia e pela irresponsabilidade das autoridades governamentais?
Seguimos juntas, companheiras! Por Mim, Por Nós e Por Todas! Vacina Para Todas Já!