Ninguém solta a mão de ninguém! O silêncio em relação a violações como exploração e abuso sexual de meninas chega a ser ensurdecedor.
➡️ Segundo dados do último Anuário Brasileiro de Segurança Pública, em 2018, 66 mil pessoas foram vítimas de estupro no Brasil. Desse total, 53,8% eram meninas de até 13 anos. Com a pandemia do novo coronavírus e a necessidade de isolamento social, meninas estão mais propensas a sofrer abusos.
➡️ No Brasil, o crime de estupro de vulnerável é marcado pelo fator racial. Mais da metade das vítimas são crianças negras (50,9%), do sexo feminino (81,8%) e com até 13 anos (53,8%).
➡️ Muitas vezes a exploração sexual ocorre após o abuso sexual, até mesmo intrafamiliar. De acordo com dados do Disque Direitos Humanos (Disque 100), entre a distribuição de denúncias de violência contra crianças e adolescentes do sexo feminino no Brasil, em 2015, 68,4% foram de abuso sexual.
➡️ Outros 68,9% se referiam à exploração sexual. No caso de violência física a porcentagem é de 44,2% e de negligência, 43,8%. A questão se agrava quando o que temos como dados disponíveis são apenas dos casos denunciados – isso significa que muitos outros ficam desconhecidos.
⚠️ A subnotificação de violências sexuais ainda é muito grande, pois as pessoas têm medo ou vergonha de denunciar.
🟣Fale sobre o assunto
A violência sexual contra meninas ainda é um tabu. Sendo assim, falar sobre o problema é um passo muito importante, alertando as pessoas, informando as meninas, conversando nas escolas, nas famílias e nos locais de convivência. Saber que o problema existe é uma forma de proteger crianças e adolescentes, aumentando as denúncias e, consequentemente, a responsabilização dos agressores.
🟣Denuncie qualquer suspeita
É papel de toda a sociedade proteger meninas contra qualquer tipo de violência, incluindo a violência sexual. Em caso de qualquer suspeita de uma situação de abuso ou exploração sexual de crianças e adolescentes, denuncie pelo Disque 100 ou algum dos diversos canais oficiais de denúncia.
➡️ Além do Disque 100, conte com a Camtra. Desenvolvemos, desde 2014, a campanha “Não Caia na Rede – Não à exploração sexual de meninas e mulheres!”, que tem por objetivo compartilhar com meninas e mulheres, em especial as que estão em alguma situação de vulnerabilidade, informações sobre exploração sexual, formas de identificar o aliciamento e de realizar denúncias.
Através dessa campanha feminista, buscamos alertar e informar sobre violência contra as mulheres, violência contra crianças e adolescente, racismo, feminicídio, entre outras violências, a fim de estimular a construção de estratégias de atuação, redes de enfrentamento e formação de multiplicadoras/es .
Para mais informações, clique aqui
➡️ 18 de Maio – Esse dia foi escolhido, porque em 18 de maio de 1973, na cidade de Vitória (ES), um crime bárbaro chocou todo o País e ficou conhecido como o “Caso Araceli”. Esse era o nome de uma menina de apenas oito anos de idade, que teve todos os seus direitos humanos violados, foi raptada, estuprada e morta por jovens de classe média alta daquela cidade. O crime, apesar de sua natureza hedionda, até hoje está impune.
CHEGA DE VIOLÊNCIA CONTRA ÀS MENINAS! ✊🏾
Por Mim, Por Nós, Por Todas! 💪🏼
Fonte:
https://www.childhood.org.br/a-violencia-sexual-infantil…
https://tj-mt.jusbrasil.com.br/…/menina-sofre-abuso…
https://www.gov.br/…/ministerio-divulga-dados-de…