Enquanto prometem adiantar a segunda parcela do auxílio emergencial, milhares de famílias ainda não conseguiram acessar benefício. Mesmo àquelas que já estavam escritas no sistema único do governo, o Cadúnico, e que já deveriam ter recebido desde o dia 09/04 segundo o calendário da Caixa.
A burocracia no cadastro e a demora além do prazo previsto na análise e aprovação são alguns dos problemas que dificultam o acesso das trabalhadoras à renda e aumentam o impacto da pandemia na vida das/dos trabalhadoras/es informais.
Também continuam sem pagamento diversas/os usuárias/os que relatam instabilidade no aplicativo e no site da Caixa (Auxílio Emergencial Caixa), e também no da Poupança Digital (Caixa Tem). Somam-se a estas/es milhares de trabalhadoras/es com o CPF irregular que estão se arriscando ao Covid-19, indo até as agências da Caixa e Receita Federal, pois não conseguem acessar o cadastro online ou acessar a solicitação ou o acompanhamento do benefício.
As mulheres são duramente afetadas por esse atraso. É preciso lembrar que somos a maioria dentre as/os trabalhadoras/es informais e precarizadas/os, sendo em grande número mães solo e negras, que por não tem acesso à nenhuma outra renda. Não priorizar o pagamento das chefes de família demonstra mais um descaso com a situação das mulheres.
Como afirmava sociólogo Herbert de Souza, o Betinho: “Quem tem fome, tem pressa!” Não há tempo a perder, renda na mão já!