#JulhodasPretas: Tia Ciata – A Matriarca do Samba

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Tia Ciata – Matriarca do Samba

Hilária Batista de Almeida mais conhecida como Tia Ciata de Oxum, é a nossa homenageada para fechar o #JulhodasPretas.
Nascida em 1854, chegou ao Rio de Janeiro por volta de 1970 no movimento conhecido como diáspora Bahiana. Seu companheiro era João Baptista da Silva com quem teve 26 filhas/os.
Trabalhadora, estabeleceu-se depois de alguns anos na Praça Onze, onde junto com as “tias baianas”, com as vestes tradicionais do candomblé, vendia seus doces e quitutes.

Consciente de sua classe acolhia em sua casa, negras/os migrantes da Bahia e de outros lugares; bem como trabalhadoras/es da Europa que ali chegavam e eram recebidas com festa, alegria e muita música. Misturando tambor, violão, pandeiro, cavaquinho e também suas letras resultou o primeiro samba gravado no Brasil “Pelo Telefone”.Promotora da cultura era no quintal de Tia Ciata que sambistas se reuniam e divulgavam suas produções, já que ainda não tinham acesso à rádio, e sofriam repressão policial por suas manifestações culturais.

Na Pequena África, como ficou conhecida a Praça Onze, se deu o início dos desfiles de Carnaval, sendo a parada na casa de Tia Ciata o auge. Até hoje, as escolas de samba, reverenciam as tias baianas, com a ala das baianas.

Muito mais do que a dona do quintal do berço do samba, Tia Ciata foi Mãe de Santo, Feiticeira, Partideira, Sambista, Dançarina, Cozinheira, Acolhedora, Reverenciada pois em meio à tantos desafios vividos pelo seu povo, resistiu com as tradições culturais criando com o samba o ritmo e a identidade brasileira.

Fonte:
http://antigo.acordacultura.org.br/herois/heroi/tiaciata
https://www.geledes.org.br/tia-ciata/amp/
Http://Asminanahistoria.com/tiaciata