Hilária Batista de Almeida, fez história na acolhida. Nasceu no ano de 1854, em Santo Amaro da Purificação, no Recôncavo Baiano, e lá foi confirmada no santo ganhando o nome pelo qual é conhecida até os dias de hoje: Ciata.
Em 1970, veio para o Rio de Janeiro no movimento conhecido como Diáspora Bahiana. Junto ao seu marido João Baptista da Silva, e outras pessoas do movimento, fez da Praça Onze uma Pequena África.
Quituteira, Mãe de Santo, Partideira e Sambista, Ciata fez do seu quintal o encontro da ancestralidade. Muito antes de Madureira, o quintal da Tia Ciata já era considerado o “berço do samba”.
Na rua Visconde de Itaúna, 117, entre uma gira e outra, entre a venda de seus quitutes, Ciata organizava suas festas com muito samba. Foi no seu quintal, no ano de 1916, que o primeiro samba gravado no país, nasceu, chamado “Pelo Telefone”.
A ala das baianas nas escolas de samba é em homenagem a Tia Ciata e as outras negras que faziam as de carnaval na Praça Onze.
Homenagear Tia Ciata é relembrar a festa da acolhida, o apoio entre as nossas e o respeito à ancestralidade.
Viva Tia Ciata, a Matriarca do Samba.