Assassinada pela Polícia Militar e com seu corpo arrastado pela rua ao longo de 350 metros, preso ao porta-malas da viatura de seus algozes.
Essa é a história final de Cláudia Silva Ferreira, mulher negra, moradora do Morro da Congonha, em Madureira, auxiliar de serviços gerais e, na época, com 38 anos.
Hoje, 16 de março, se completam 7 anos desde mais esse episódio desumano, entre tantos, praticados pelo Estado contra a vida de uma mulher negra e periférica.
Cláudia foi baleada durante uma troca de tiros, enquanto ia comprar pão. Cláudia era mãe, esposa, negra, carioca e favelada. Teve sua vida ceifada por mais uma ação irresponsável do Estado nas favelas cariocas.
Foi desumanizada na resposta de seus algozes, ao serem questionados porque não escutaram as várias pessoas que os avisaram sobre o corpo de Claúdia sendo arrastado. “Ela já estava morta”, disseram.
Algozes esses, que estão livres, (des)cumprindo seus deveres para com a sociedade. A morte de Cláudia, significa para o Estado racista a morte de mais uma pessoa negra favelada.
A carne mais barata do mercado não pode continuar sendo a negra. A nossa vida não pode continuar sendo vista como mais uma. Nossos corpos e histórias merecem Respeito.
Justiça Por Cláudia Silva Ferreira!
Somos todas Claudia Silva!
Fontes: https://www.geledes.org.br/claudia-silva-ferreira-38-anos-auxiliar-de-limpeza-morta-arrastada-por-carro-da-pm-2/?fbclid=IwAR1_M2ZPebGQy92oHxgmG6CTxwGB8RaEpl0QCYLdO4b-ZMW-QsIjoHAoGi8