Amanhecemos com a triste realidade de termos perdido mais de 450 mil vidas para a Covid-19. Um número que carrega histórias de muitas mulheres trabalhadoras e de suas famílias. Um número que carrega negligência, negacionismo e descomprometimento com o salvamento de vidas por parte do Estado.
Somos nós, mulheres trabalhadoras, que estamos em maior número na linha de frente no combate a Covid-19. Representamos 70% da força de trabalho em saúde na América Latina e no Caribe.
Sentimos com mais intensidade os efeitos da pandemia, na perda de nossos empregos, na falta de escolha entre se proteger e levar os sustento para nossas casas e também no direito de decidir sobre nossos corpos.
Enquanto seguimos alheias a todos esses riscos, a vacinação (única forma de enfrentar a Covid-19) segue em um ritmo lento. No país estão até o momento, vacinadas(os) com as duas doses 21,3 milhões de habitantes, número que corresponde a 10,1% da população.
População negra é a que mais morre e a que menos recebe vacina!
Em estudo realizado pelo Núcleo de Operações e Inteligência em Saúde, grupo da PUC-Rio, foi revelado que das pessoas que morreram por Covid-19, 55% eram negras(os), enquanto 38% eram brancas(os).
O racismo se apresenta também na diferença entre pessoas vacinadas. Em levantamento feito pela Agência Pública, 3,2 milhões de pessoas vacinadas se declararam brancas, enquanto 1,7 milhão se declararam negras.
Pela Vida de Todas exigimos Vacina Para Todas Já e Auxílio Emergencial de R$ 600 até o fim da pandemia!
Fontes: Our World In Data | Agência Pública | Fiocruz | CONASS