Relembramos hoje o caso da trabalhadora doméstica de 62 anos (cujo nome não será divulgado para sua proteção) viveu por mais de quatro décadas em condições de trabalho análogo a escravidão na casa de uma familia em Belém/PA.
No dia 2 de março foi proferida decisão divulgada pelo Ministério público determinando que ela deverá receber R$100 mil como indenização. A reparação é uma conquista, mas não paga e nem apaga os 42 anos de sofrimento e de tratamento desumano.
Segundo a Auditoria fiscal do Trabalho que resgatou a trabalhadora, as condições de trabalho eram desumanas com uma jornada de trabalho extremamente exaustiva, condições precárias de alojamento, o qual ficava localizado na laje úmida e de difícil acesso da residência.
Além disso, ela não tinha acesso a qualquer documentação, o que inviabilizava seu acesso aos direitos trabalhistas e à saúde, e também dificultou as investigações. Durante a pandemia, sequer teve acesso a vacina, mesmo pertencendo ao grupo de risco e tendo apresentado sintomas da doença.
Esse caso é mais um que reflete a desvalorização do trabalho das mulheres e das desigualdades sociais herdadas de uma sociedade colonizada, escravocrata, na qual o machismo e racismo continuam estruturando as relações de vida e de trabalho.
Exigimos dignidade, remuneração e justiça para todas as trabalhadoras domésticas!
#PorMimPorNosPorTodas
#TrabalhadoraDomestica
#Trabalhoescravo
#DireitosdasDomesticas
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https://www.sinait.org.br/site/noticia-view?id=19771%2Fempregada+domestica+resgatada+em+2021+devera+receber+r%24100mil+em+indenizacoes
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