A Casa da Mulher Trabalhadora saúda à todas as trabalhadoras comerciárias por este país afora, em especial as bravas comerciárias da Saara, um dos maiores centros de comercio popular da América Latina. A CAMTRA há 20 anos dedica sua atenção a estas cerca de 49.000 mil trabalhadoras e trabalhadores que já foram beneficiadas com esta ação, simples e direta que é a Barraca de Direitos. Uma ação mensal com distribuição preservativos femininos, masculinos, aulas públicas sobre diversos temas sendo o mais recorrente sobre a violência doméstica. Durante esta longa jornada de 20 anos a Camtra vem atuando nesta região, em dialogo com as trabalhadoras, encaminhando-as as DEAMS e outros órgãos de atendimento as mulheres. Nos chama atenção a capacidade de resistência destas trabalhadoras, as jornadas extensas, o transporte público precário e os arranjos familiares para conjugar o chamado “trabalho reprodutivo e produtivo” que estas trabalhadoras enfrentam nas atividades atribuídas pelo o patriarcado, que são as tarefas do cuidado.
Com a COVID-19, segundo o Diesse com base no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de janeiro a maio, foram fechados mais de 446 mil postos de trabalho com carteira assinada e boa parte das que não foram demitidas/os também sofrem os impactos: cerca de 2,5 milhões tiveram contratos suspensos ou jornada e salário reduzidos, conforme autorizado pela MP 936 na Lei nº 14.020.
A pandemia do coronavírus atingiu duramente o comércio, setor mais afetado com corte de vagas até agora. De janeiro a maio, foram fechadas 446 mil postos de trabalho com carteira assinada. “E boa parte dos que não foram demitidas/os também sofre os impactos: cerca de 2,5 milhões tiveram contratos suspensos ou jornada e salário reduzidos, conforme autorizado pela MP 936”.
Para conhecer melhor as condições de trabalho desta categoria, ex- comerciaria Daphne Braga, em sua tese de mestrado pela FIOCRUZ/19 que contou com o apoio do Sindicato dos Comerciários do Rio de Janeiro abordou situações que afligem a saúde e a dignidade das/os comerciárias/os. “A questão de gênero é uma tônica, inclusive pela grande participação da mulher no setor. Assédio moral e, mais especificamente no caso da mulher, o assédio sexual, é mais comum do que podemos imaginar quando entramos numa loja, num supermercado, num shopping”. As dificuldades diárias das comerciárias e dos comerciários é “Grave, ainda, é a questão das trabalhadoras quanto ao acesso a banheiros durante a jornada de trabalho. Não há autonomia, a substituição no posto de trabalho para ir ao banheiro, quando existe, é inadequada e não atende a urgência. Devido ao fato, é comum mulheres terem problemas diversos de trato urinário. Já ouvi relatos de pessoas que usavam fralda para trabalhar”, declara.
Embora as condições sejam adversas para as trabalhadoras comerciárias, elas enfrentam com resistência e luta cotidiana pelo o seu sustento e de suas famílias, com muita coragem e determinação. A Camtra em 2014 lançou o documentário “Eu Sou Auto Estima” (https://camtra.org.br/nosso-trabalho/videos/) que demonstra exatamente a força destas trabalhadoras. E continuamos junto a elas, agora semi presencial devido a pandemia, porém, voltaremos com a nossa Barraca de Direitos em 2021. Nosso carinho e força à todas elas e, nos colocamos a disposição pelos os nossos canais das mídias sociais, facebook , Instagram e twitter.
Conheça mais sobre o trabalho da Camtra com as trabalhadoras na Saara/RJ acesse: https://camtra.org.br/portfolio/mulheres-trabalhadoras-vida-e-direitos/https://camtra.org.br/portfolio/trabalho-tempo-e-vidas-das-mulheres/https://camtra.org.br/nosso-trabalho/videos/
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Fontes: https://www.metadados.com.br/blog/mp-936-2020;
https://secrj.org.br/noticias/comerciaria-dissertacao-mestrado-saude/
httwwwps://secrj.org.br/noticias/comerciaria-dissertacao-mestrado-saude/ Daphne