Segundo a definição do artigo 7º, inciso II da Lei Maria da Penha “A violência psicológica (é) entendida como qualquer conduta que lhe cause dano emocional e diminuição da autoestima ou que lhe prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento ou que vise degradar ou controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, vigilância constante (…) e limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que lhe cause prejuízo à saúde psicológica e à autodeterminação”.

A violência psicológica pode vir a ser uma das mais difíceis de ser identificada pelas vítimas. Pode ocorrer de forma sutil, em ações do dia a dia, pequenas atitudes ou pode ocorrer de forma mais agressiva e associada a outros tipo de violência.

A conscientização da sociedade, e em especial de nós mulheres quanto a esse tipo de crime é de grande e vital importância, pois por muitos anos comportamentos machistas e violentos foram normalizados pela sociedade de forma a desmerecer o nosso sofrimento. Mesmo que não deixe marcas físicas, a violência psicológica pode vir a deixar marcas muito mais profundas e difíceis de serem curadas.

É importante lembrar que nessa análise não foram levados em conta o número de crianças e adolescentes que de forma direta ou indireta, também foram psicologicamente violentadas.

Sabemos que existem muito mais vitimas do que mostram os números, e que muitas mulheres ainda deixam de denunciar esse tipo de violência pelos fatores já mencionados. Mas nós não podemos mais nos calar, os autores não podem mais seguir impunes, registrar a queixa é o primeiro passo para expor cada vez mais a sociedade machista em que vivemos e juntas trabalharmos para o fim da violência contra as mulheres.

Saiba mais sobre os crimes de violência sexual em http://arquivos.proderj.rj.gov.br/isp_imagens/uploads/DossieMulher2020.pdf