No Uruguai o aborto é legalizado desde 2012 em todos os casos podendo ser feito em até 12 semanas e em caso de estupro, risco de vida da mulher ou má formação do feto o procedimento pode ser feito em até 14 semanas de acordo com a lei 18.987(2012). O procedimento é gratuito e oferecido pelo sistema de saúde do país.
A lei foi aprovada de forma apertada no congresso e foram necessárias algumas concessões ao movimento pró-vida. Dessa forma para que o procedimento seja feito a mulher deve passar por 5 dias de reflexão e por um tribunal de profissionais formado por uma ginecologista, uma assistente social e uma profissional de saúde mental. Essa medida tem como objetivo criar barreiras para o procedimento e coagir a mulher a desistir do seu direito.
Desde a aprovação da lei as mulheres tem tido pleno acesso ao aborto. Em média no hospital chegam 10 mulheres por dia com idades entre 20 e 35 anos. Porém esse acesso está em risco, o atual presidente do país de declarou pró-vida e afirma que vai criar uma politica de desestimulo ao aborto. Tal atitude preocupa os movimentos sociais pois, mesmo que ele não possa alterar a lei ele pode influenciar no acesso e distribuição dos medicamentos necessários para o procedimento.
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