Nesta semana o caso de Mariana Ferrer chegou a nível nacional causando grande comoção. Ela foi estuprada em uma casa de festas e depois foi humilhadas e desrespeitada no sistema de justiça em uma audiência que terminou com a condenação por “estupro culposo” este inexistente no Código Penal.
No vídeo da audiência Mariana foi destratada e sua denuncia de estupro foi diminuída sob o argumento de que ela sempre postava fotos de biquini nas redes sociais. Durante a audiência Mariana chorava pedindo respeito e nenhuma das partes, todos homens, interviu.
Essa situação faz parte da chamada Cultura do Estupro atualmente presente na nossa sociedade. De acordo com a Cartilha “A Violência Contra a Mulher Não É O Mundo Que a Gente Quer“ lançada em 2018 pela CAMTRA a partir da Cultura do Estupro acredita-se que “as mulheres são inferiores aos homens e não tem direito à autonomia sobre seus corpos e seus comportamentos. Dessa forma os homens teriam o direito de dispor dos corpos das mulheres de acordo com suas próprias vontades.”
A cultura do estupro reforça os julgamentos morais sobre as mulheres, propagando a falsa ideia de que as mulheres são violentadas por seu comportamento, porque não “se deu ao respeito”. No lado oposto, reforça que a sexualidade dos homens é incontrolável e que os mesmos comentem violência em função do comportamento das mulheres. Nesse sentido, é muito emblemático que nenhum dos homens presentes na audiência tenham se indignado e se manifestado.
Assim como o caso de Mariana Ferrer muitas outras mulheres são vítimas dessa cultura em diferentes aspectos de suas vidas. Por isso é preciso uma educação não sexista para se ensinar desde a primeira infância que não existem diferenças entre mulheres e homens.