Empregada doméstica, que trabalhava desde os 13 anos de idade, a companheira Cleonice Gonçalves foi a primeira vítima do coronavírus no Estado do Rio.
Moradora de Miguel Pereira, centro-sul fluminense, enfrentava mais de 120 quilômetros para chegar ao seu local de trabalho, no Leblon, Zona Sul do Rio, onde morava durante a semana, com seus empregadores, que testaram positivo para a covid-19, antes de Cleonice ser infectada.
Hoje, o Brasil atinge a marca recorde de mais de 1.500 óbitos, nas últimas 24 horas. A morte de Cleonice, bem como as suas difíceis condições trabalhistas, são reflexos do país que hoje chega ao número de 251 mil mortes por coronavírus.
As mulheres negras, periféricas, as trabalhadoras que diariamente estão expostas nas ruas, são as que mais sofrem.
#VacinaParaTodas não é apenas uma hashtag, é um grito de todas nós! Nos queremos vivas!