28 de Junho – Dia Internacional do Orgulho LGBTI+

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“Nada que eu aceite sobre mim pode ser usado contra mim para me diminuir.”
Audre Lorde 1934-1992

As mulheres lésbicas lutam por visibilidade, pela participação social e política, contra a imposição da heterossexualidade aos corpos femininos mesmo antes da rebelião de Stonewall. Mesmo a revolta sendo um marco, foi na própria luta LGBT+ e também feminista que as lésbicas decidiram também pela auto-organização.

Mas ainda hoje, no Dia Internacional do Orgulho LGBT+, após 53 anos da manifestação, ainda é tempo de se revoltar frente a toda discriminação sofrida pelas mulheres lésbicas, trans e travestis em casa, na escola, nas ruas, no mercado de trabalho.

Discriminação essa vivenciada desde a descoberta da sexualidade e que se perpetuam em violências cotidianas como algo que deveria ser simples como por exemplo, a utilização de banheiro públicos, bem como as dolorosamente complexas como a invisibilidade e falta de políticas públicas de assistência social e segurança de enfrentamento ao estupro corretivo, lesbocídio e transfeminicídios.

Dados da Violência contra as Mulheres Lésbicas, Trans e Travestis.

 

O Dossiê Mortes e Violências Contra LGBTI+ no Brasil 2021 registrou 316 mortes, sendo que destas 141 foram mulheres trans e travestis, um percentual de 44,62%, e 12 casos de mulheres lésbicas sendo 3,80%. (Observatório de Mortes e Violências LGBTI+ no Brasil)

 

As mortes contra a população LGBT+ demonstram a crueldade e ódio da intolerância, como estes casos de 2021.

 

Ana Paula Campestrini, 39, SC – mulher lésbica, mãe de 2 filhos e 1 filha, foi assassinada com 14 tiros na porta de casa, o mandante foi seu ex-marido.

 

Leila Debora Barbosa, 22, MG – mulher lésbica, foi abordada por dois homens, sendo um menor de idade, quando voltava de uma padaria coma namorada. Ela foi levada para o meio do mato, estuprada, assassinada com 16 tiros em diversas regiões do corpo e enterrada com a cabeça exposta, pelo menos 24 horas depois do óbito.

 

Roberta Silva – mulher trans negra, em situação de rua, teve 40% do corpo queimado por um adolecente no Centro de Recife/PE, vindo a óbito devido às queimaduras.

 

Nós, mulheres, exigimos o direito de viver livremente nossa sexualidade, sem medo de sermos mortas porque amamos outras mulheres, ou porque genitais e anatomia não definem gênero.

 

Nós, mulheres, nos queremos vivas, visíveis e livres para viver sem as amarras do Patriarcado e do Cisheterosexismo.

Pelas Anas, Leilas, Robertas… seja trans, travesti ou sapatão, orgulho da identidade e da orientação.

 

Fonte: https://dossies.agenciapatriciagalvao.org.br/dados-e-fontes/pesquisa/mortes-e-violencias-contra-lgbti-no-brasil-dossie-2021-acontece-antra-abglt-2022/

https://ndmais.com.br/seguranca/policia/catarinense-escreveu-carta-antes-de-ser-morta-com-14-tiros/

 

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